22 – Evolução interior com reflexo exterior

O novo conceito doutrinário reencarnação-evolução, distingue-se dos demais conceitos sob dois aspectos fundamentais: evolução exterior promovendo a resultante interior em seus reflexos imediatos.

Com isto trazemos o conceito de “Ação-Reação” ao seu cunho legítimo que é pessoal e íntimo – O espírito é “produto de si mesmo” no que importa o evolucitário.

Portanto, a evolução é circunscrita a dois itens fundamentais: o saber e seus reflexos utilitários. Se o saber que se compreende como evolução exterior não penetrar o interior pelas vias da razão-consciência, não resultando em pensamentos, palavras e atos dignos, moldados na lealdade e sinceridade de propósitos, prevalecem apenas conhecimentos moldurais ilustrativos, não se reconhecendo como evolução interior.

Vemos, pois, que o ato que comprova a evolução interior é sempre moldado no sentimento, reflexo imediato – Causa e Efeito. Devemos retirar da causa o efeito emotivo (vida evolutiva emotivada).

Dá, portanto, à nova filosofia reencarnacionista, uma direcional inversa à tradicional que impetra razão evolucitária na ação com reflexos corretivos alienígenos ou exteriores, tornando assim, o espírito dependente de propulsores coercitivos que, por força do fato, cerceiam o sentimento vida que é a liberdade ou livre-arbítrio.

A nova escola dá senso racional ao livre arbítrio e advoga a evolução sem tempo, métodos ou processos, o que revela a elevada compreensão do FATOR (Deus), sobre a felicidade temporária de sua criação no transcurso do tempo-espaço-reencarnação.

O que é a evolução senão o conhecimento da verdade trazido à prática? O que é a verdade senão tudo aquilo que possa ser entendido pela razão do homem?

O espírito, a alma, o conteúdo intrínseco da verdade já habita conosco como reflexo incubado e será em nós à medida que passemos a conhecê-lo e praticá-lo pelos meandros despertadores da razão, compreensão, consciência, de que advém o resultante emotivo vivencial.

“Vai, faze o mesmo e VIVERÁS”, está sintetizada a razão do nosso dizer que abarca a evolução no campo da ação-reação.

Se o único objetivo é VIVER, logo temos que vida é o resultado interior da prática operacional exterior. Novamente causa vivida em seus efeitos.

Todo ato que não envolva toda razão e todo sentimento, divorcia-se literalmente dos explícitos evangélicos: “Tudo o que fizeres, faze-o de todo teu entendimento e de todo teu espírito”.

É a transferência do estado evolutivo ao campo realizador, que constitui a vida em seus intrínsecos componentes.

Este preceito racional suplanta o tradicional, porque elimina toda e qualquer retribuição que ultrapasse a reação vida, independente de lugar ou estado, encarnado ou não.

Compreende-se, portanto, que o SER MORAL independe de qualquer exterior compulsório conducente, por exemplo, códigos doutrinários destinados a modelar a compreensão.

O espírito deve coletar o exterior em termos de compreensão pessoal, ou seja: convicção provinda da capacidade de assimilação da essência ou espírito dos fatos. Desde então, passa da compreensão condicionada a ditames alienígenos que resulta no depósito de confiança denominada crença, para convicção livre geradora da certeza.

Evoluir é, em síntese, a eterna busca de si mesmo, a libertação da ignorância e conseqüente usufruto do resultante: vida.

 

Irmão Anthero

(recebido por via mediúnica)