28 – Jesus histórico

Há muito tempo que a vida de Jesus, sua morte e o que ele representa para a humanidade, continua a ter mistérios, os quais vários estudiosos buscam esclarecer, na tentativa de responder às dúvidas e perguntas, cujas respostas sempre resultam na imagem de uma criatura extraordinária, apesar dos diferentes enfoques laicos ou religiosos.

Jesus nasceu em Nazaré, uma aldeia da região montanhosa da Galiléia. Era um judeu da estirpe do rei Davi e descendia, portanto, da nobreza, porém jamais se prevaleceu desta condição.

A data do nascimento de Jesus ainda não tem uma unanimidade por parte dos pesquisadores. Acredita-se que tenha ocorrido entre os anos VI e IX da nossa era. Também a data de sua morte não tem ainda uma definição consensual, pode ter ocorrido entre os anos XXVI e XXXVI D.C.

Jesus, o Mestre Nazareno, a maior inteligência do nosso planeta, viveu no meio do povo, a quem muito amou. Trabalhou e sofreu por esse povo, pelos humildes, pobres e injustiçados.

No relacionamento pessoal, não via a posição das pessoas, mas apenas a criatura humana como era na realidade, pois possuía as virtudes íntegras constitutivas do seu próprio ser, que não se modulava às conveniências.

Jesus não era um santo, ou tampouco um ser sobrenatural. Tem seu mérito pessoal e não se pode excluí-lo da condição Humana, divinizando-o . Inteligência multimilenarmente avançada em relação à cultura da época, soube inserir nas parábolas o objetivo fundamental , que é a reestruturação da sociedade terrena em moldes de justiça perfeita. Todos seus ensinamentos têm como objetivo a consolidação da fraternidade na face da Terra.

Para muitos, Jesus é Deus. Confundem-no com Deus e é proclamado como sendo Deus . Estas absurdas interpretações criam um quadro de confusão mental no povo simples e desprovido de cultura.

O que difere Jesus dos homens é a extraordinária condição evolutiva do seu espírito, exemplificando, pelo proceder, aquilo que ensinava.

Quando da sua passagem pela Terra, constatando que a religião era, na época, a base e a estrutura da sociedade, Jesus tomou por empréstimo a cobertura religiosa, mas nem por isso deixou de inserir habilmente, e em oculto, ensinamentos como: “Amai-vos uns aos outros”.

Jesus não pregou e nem estabeleceu nenhuma religião. Pregou, sim,  a moralização, o autorrespeito e o respeito para com o próximo, a fraternidade, o amor a todas as criaturas.

Jesus não trouxe nenhuma proposição que não estivesse ao alcance do homem aprender, entender, sentir e viver, senão teria sido um mero visionário inconsequente. Não impunha, mas convidava sempre: ”Aquele que quiser, vir após mim, tome sobre si a sua cruz e siga-me”. Não é a cruz infamante do Gólgota, mas a da responsabilidade que nos cabe cumprir e assumir.

O Mestre Nazareno, através de suas pregações, começou a preocupar o Sinédrio e Roma. Naquele tempo de domínio e opressão, pregar para aquele povo injustiçado e explorado: “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos”, (Mateus V : 6) representou, na verdade, a decretação da sua própria sentença de morte.

(recebido por via mediúnica)